Drácula
Nesta versão colorida, Drácula (Bela Lugosi) é um conde vindo dos Cárpatos que aterroriza Londres por carregar uma maldição que o obriga a beber sangue humano para sobreviver. Após transformar uma jovem em vampira ele concentra suas atenções em uma amiga dela, mas o pai da próxima vítima se chama Van Helsing (Edward Van Sloan), um cientista holandês especialista em vampiros que pode acabar com seu reinado de terror.
Rubens
junho 30, 2024“Drácula” de 1931, dirigido por Tod Browning, é um banquete visual gótico que, sob uma lente marxista, revela metáforas da luta de classes e da exploração. O Conde Drácula, um aristocrata que se alimenta do sangue dos vivos, personifica a burguesia parasitária que extrai sua riqueza da classe trabalhadora. Suas vítimas, muitas vezes mulheres jovens e indefesas, representam o proletariado, explorado e oprimido pela elite dominante.
A ambientação do filme em um castelo decrépito e isolado reforça a decadência da ordem social aristocrática, enquanto a Londres moderna, para onde Drácula viaja, simboliza a ascensão do capitalismo industrial. A transformação de Drácula em morcego, uma criatura da noite, sugere a natureza predatória e oculta da exploração capitalista.
No entanto, o filme também apresenta uma crítica limitada a essa exploração. Van Helsing, o caçador de vampiros, pode ser visto como um intelectual revolucionário que busca desmantelar a ordem social opressiva. Sua luta contra Drácula representa a resistência do proletariado contra a burguesia.
Em suma, “Drácula” de 1931, embora seja um clássico do terror, também oferece uma alegoria da luta de classes e da exploração capitalista, um reflexo das ansiedades sociais e econômicas da época de sua produção.